Igual na Barra da Tijuca;
Dos passarinhos nas gaiolas,
Só a mentira se escuta.
De todas nossas estrelas,
Só nos sobrou a Rosa,
Suas faixas e “outdoores”,
Nos parecem fazer troça.
Em cismar, sozinho, à noite,
Prazer não encontro mais lá;
Minha terra tem palmeiras,
Cocaína, crack e cola.
Minha terra tem terrores,
E há muito foi esquecida;
Se eu vagar — sozinho, à noite —
Me desvio de bala perdida;
Minha terra tem palmeiras,
Que não nasceram lá.
Não permita Deus que eu morra,
No meu retorno para lá;
Que ao sair de Vista Alegre
Depois de um papo genial;
Possa avistar as palmeiras,
O Guanabara e o Mundial.
Este é um poema que fiz retratando a "minha terra". Recitei muito pouco ele, e acho que também ainda não havia publicado em nenhum lugar.
Estou escrevendo uma série de contos que em breve pretendo postá-los aqui. Quando eu tiver uns 8 contos já escritos eu começo a colocá-los.