quinta-feira, 18 de junho de 2009

A Náusea

Como todos estão em provas e isso aqui está jogado às baratas, vai mais um devaneio meu... Agora não tenho mais vergonha de mostrar nada que eu escrevo, até porque já sou Jornalista! (desculpe gente, mas tive que fazer esse comentário infeliz).


Neste quarto imenso eu me encolho, quebro todos os espelhos. Eu não me vejo! Eu não me vejo... nem quero, me estranho. Quando toco a minha pele vem a náusea.
Minha mão sangra com o corte dos espelhos, diversos eus que me atingem, a dor multiplicada em milhões de cacos.
Os retratos na estante me incomodam, me sinto aprisionada, como se em cada um deles tivesse ficado um pedaço de minha essência, um caco do espelho.
E eis que volta a náusea quando vejo diversos olhos-meus, me olhando nos caleidoscópios espelhados... e em cada um deles eu sou uma pessoa diferente, eu sou todas elas, eu não sou nenhuma delas, eu não sou nada.

Larissa Vicentini
(Créditos (Plágio) a Sartre que me inspira)

Desculpe se tem algum erro de português ou falta de estética, é que eu não tenho diploma...